quinta-feira, outubro 30, 2003

Mas nisto o vento sopra doido...

Eu não te admito!

Estás-me a fugir! Eu não quero que desistas, ouviste bem!

Não fujas, não desistas, faz qualquer coisa!

Eu estou aqui à tua espera e tu... Nunca mais!!!

Ah, impaciência!


Dedicado a...

terça-feira, outubro 28, 2003

Notas do Dia

NOTA 1: Hoje, enquanto descia à tarde o Chiado, deparei-me com o vocalista dos Moonspell, que é tão-só o frontman da minha banda favorita. Há dias de sorte... :-)


NOTA 2: Amanhã de manhã tenho que perguntar ao meu professor que também dá Dto Fiscal o que ele acha da tributação de rendimentos das prostitutas...
A resposta será, no mínimo, curiosa!!! Contabilidade organizada ou rendimentos presumidos?

NOTA 3: Realmente os homens são manipulados pelas mulheres e nem se apercebem; afinal somos muito mais dadas as esquemas, também nos encobrimos umas às outras e quando precisamos de ajuda... elas estão lá! E eles ainda têm a distintíssima lata de afirmar que nós é que andamos a mando deles e não nos apercebemos. Santa ingenuidade! (assunto que será desenvolvido em próximos capítulos...)

segunda-feira, outubro 27, 2003

I'm Only Happy When It Rains (NOT)

Definitivamente detesto chuva.

Pior é mesmo chover à segunda-feira: trânsito no mínimo caótico, acidentes por todo o lado (com os inevitáveis orçamentistas a fazerem abrandar o trânsito na faixa contrária ao desastre...) e a vontade nula para realizar os compromissos desse dia, no meu caso, ir às aulas. Sem contar que estive uma hora para entrar no parque da fac. Haja paciência!

Mas a chuva deprime-me, parece-me que tudo chora... a Natureza, as pessoas. E, por me deprimir, inspira-me à reflexão. Nessa hora em que estive imobilizada dentro do carro, à porta da fac, revi toda a minha vida actual enquanto ia fazendo "zapping" pelas estações de rádio. O curso, a família, os amores, as amizades, a escrita... Parei na estação que estava a dar uma das minhas peças musicais favoritas, Air for the G String de Bach. Fechei os olhos e encostei-me para trás. Naquele instante, enquanto chovia, o sol abriu momentaneamente e bateu-me no rosto. Sorri e senti-me pairar no espaço; só foi pena ter de descer à realidade. Mas se tivesse morrido naquele instante, tinha sido a partida perfeita...

A tarde seguiu soturna e a Noite assim há-de continuar... e ao som de Requiem de Mozart...

Até...

domingo, outubro 26, 2003

A Conspiração da Trovoada

Há bocado esqueci-me de relatar um episódio que deveras me irritou...
Mencionei a trovoada brutal que ontem pelas oito e tal da noite assolou a zona onde moro. Brutal mesmo, os raios estavam a cair por aqui, e logo eu que detesto trovoada...
O primeiro raio que por aqui caiu deve ter arrasado a central da TVCabo local. Resultado: não pude continuar a ver a festa de inauguração da CATEDRAL DA LUZ e o jogo subsequente, incluindo os golos do Nuno Gomes...

Cheira-me a conspiração do Pinto da Costa...

Dias de Calma e Chuva

Sexta decidi ir sair com os primos...
Este nosso desejo revelou-se uma odisseia aquática. Não havia rua de Lisboa que não se tivesse transformado numa piscina olímpica. E não parava de chover. Mesmo assim, não desistimos da nossa quimera e optámos por um sítio mesmo à beira do Tejo, sítio esse que é muito do nosso agrado.

Soube-me bem, enquanto chovia copiosamente lá fora, saborear um chocolate quente. Senti-me envolta numa onda de calor; penso que a boa companhia também ajudou. Às tantas decidimos retornar ao ninho, até porque não valia a pena continuar a noite, visto que estava tudo alagado. Passeámos de carro por Lisboa. Mesmo metade submersa, continua a ser uma cidade adorável, com todas as luzes e recantos escuros... naquele momento era a nossa cidade.

Voltados ao ninho, o calor da cama e a intimidade do quarto inspirou-nos para a conversa e o soberbo disparate, resultado: ainda estivemos umas bons momentos a rir. Nada melhor para libertar o stress da semana que umas valentes gargalhadas. Afinal, sou uma sortuda porque divirto-me muito com as pessoas de quem gosto!

Sábado foi o dia da preguiça, só foi mau a terrível trovoada que se abateu sobre a minha zona residencial. E eu que abomino trovoada....argh!

Hoje foi aquele dia de passeio, com os mesmos de sempre, pela zona de Sintra. Depois do café, demos com uma galeria aberta, onde tinha quadros de paisagens muito bons. Gostei do que vi e tenho de estar atenta a próximas exposições. Só foi pena o tempo ter piorado tanto...

Amanhã é segunda-feira, retorno à rotina semanal... enfim tem de ser... Estou melancólica. A nota boa é que há uns dias encontrei uma disquete que julgava irremediavelmente perdida e que contém a esmagadora maioria dos meus escritos e poemas... quase chorei...

São dias...

sexta-feira, outubro 24, 2003

Nada é por acaso

Cheguei hoje à feliz conclusão de que realmente não há coincidências.

Nada é por acaso.
Desde o fim do ano lectivo passado que tenho aprofundado um relacionamento de amizade com três colegas minhas da faculdade; aliás, duas, porque com uma já tinha uma verdadeira relação de amizade. Este ano ficámos todas na mesma turma e também graças a esse facto, temos criado laços de amizade e de cumplicidade. Nestes tempos, têm sido um grande apoio. Não só a mim; temos nos regido por um espírito de entreajuda. E por estas alturas, tem sido muito útil às quatro, umas por uns motivos, outras por outras razões.

Eu já me tinha apercebido, mas hoje, tivemos consciência desse facto as quatro.
Foi bom saber que estamos ali umas para as outras. Uma óptima energia rodeava-nos e sentimo-nos imbatíveis! Parece que finalmente tive sorte com as amizades da faculdade.

Um grande beijinhos para,
a B.
a I.
a S.

Estarei sempre convosco....





quinta-feira, outubro 23, 2003

Da rotina

Voltei definitivamente ao caminho da escrita.
Uma amiga que escreve letras para música fez-me ver isso. Pensando nisso, vou recuperar alguns dos meus poemas e voltar a escrever...

Tenho tido dias cansativos, por isso não tenho escrito aqui.
Mas estas Noites de Lua Cheia nunca estarão esquecidas nem abandonadas... Afinal o que seria de mim sem elas?

Dedicado a... gostei de saber :-)

Queríamos o Futuro conhecer

Pus-me a caminho com elas.
Tem de ser hoje! - pensámos.
E lá fomos. Decididas, curiosas.
Queríamos saber do futuro.
E do futuro conseguimos saber.

Ainda bem que era o que esperava!

Feliz Aniversário I.!

segunda-feira, outubro 20, 2003

Há conversas...

.... e conversas, e algumas, mesmo pela net, valem mais que muitas conversas de café.
Obrigada amiga por te teres lembrado de mim.
Eu nunca me esqueço de ti.
Felicidades com o Amor.

Para a D, com muita muita amizade

Às vezes é assim...

E três almas perdidas, unidas pela amizade e pelo companheirismo académico, reuniram-se para um almoço. Entre garfadas de cannellones caseiros, não se discutiram banalidades, mas sim o porquê de cada uma estar ali e o que quer fazer com o que se aprende no curso de Direito. Afinal, os ideiais de querer mudar o mundo ainda não mudaram. Pelo menos em nós, o vil metal ainda não reina. Através dos direitos dos animais, da família e menores ou até do trabalho, ainda há quem queira um outro País, um outro mundo. Às vezes é assim, pois há encontros que não são por acaso.

Há quem diga que somos ingénuas e jovens demais.
Apenas penso que ainda conseguimos ver além do cinismo das pessoas.
E não somos as únicas.

domingo, outubro 19, 2003

Que saudade!

Melhor que estar um dia de Sol,
que acordar tarde
ou até mesmo que um café quente quando está frio...

Melhor que muita coisa neste mundo...

É receber notícias da nossa melhor amiga que vive longe e que há meses não a vemos.
Que saudades que tenho de ti e que falta tu me fazes!!!

O SOPRO DO CORAÇÃO - CLÃ

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (porque não) porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor
Mero gozo
Sorvedouro caprichoso

No sopro do coração...
No sopro dom coração...

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do corpo num turbilhão
Sopra doido
E o que foi do corpo alado nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas,
Raras
Raras
Raras

Corto em dois limão
Chego ao ouvido
Ao frescor
Ao barulho
À acidez do mergulho

No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele
É bem isso
E apesar disso eriça a pele

No sopro do coração...
No sopro do coração...


Gosto muito desta música e ainda mais da letra...

Hoje estou com formigueiro nos dedos e no espírito; ou seja, tenho que pôr cá para fora o turbilhão que anda cá por dentro. Tenho alturas assim, noutras nada mexe por dentro e por muito que tente não consigo escrever.

Está sol, felizmente não há chuva.
Apetece-me observar a vida que corre por aí.
Vou sair e já venho, pelo caminho vou observando.
Depois conto.



Porquê não me ligas?

Ou melhor já não me ligas tanto?
Achas que sou assim com toda a gente com quem convivo?
Tens de ter mais atenção. Os meus sorrisos são sempre especiais, mas para ti, são do outro mundo, vêm cá de dentro, daquele sítio especial de onde sai tudo para as pessoas da nossa vida. Olha e escuta com atenção. Estou lá para ti, seu tolo!

Porquê já não me ligas?
Desiludi-te?
Encontra o teu caminho de volta e cá estarei à tua espera.
Porquê te finges desinteressado? Achas mesmo que sou assim com toda a gente?
Fecha os olhos e reflecte. Porquê lá estarei eu?
Pelas tuas dúvidas, darei mais sinais de que é por ti que estou lá. Abre os olhos, a mente, o coração e ver-me-ás lá, em cada cantinho...

sábado, outubro 18, 2003

1 mês de Noites de Lua Cheia... estamos de parabéns!

Este humilde blog comemora hoje um mesito de existência... Está de parabéns! E que muitos mais se sigam.

Está de parabéns porque incutiu na sua autora um dever extremo de dele cuidar e estimar. Isto deve ser a evolução do Tamagochi :-) Tem sido uma companhia, porque quem escreve nunca está só. E tem tem sido um alívio uma vez que pôs novamente a sua autora na rota da escrita, o que muito a alegra e realiza.

É, sem a mínima dúvida uma experiência a continuar, pelo menos até novos desafios se levantarem.

Aqui ficam estas minhas Noites de Lua Cheia...

quinta-feira, outubro 16, 2003

Pensamentos Soltos II

Ele sorriu-me discretamente no meio daquelas pessoas todas. Um sorriso doce, infantil, cheio de ternura. Nem parecia dele... Nunca o tinha visto sorrir muito, quanto mais daquele modo. Vi os lábios dele moverem-se suavemente, mas com tanta agitação em volta não percebi o que me queria dizer. Com mais calma, repetiu: "És tudo o que sempre quis ter!" Sorri. Daqueles sorrisos que vêm do fundo da alma e cheios de luz. Ele retribuiu. E naquele momento soube que não havia mais ninguém ali. A eternidade seria longa, mas seria nossa.

Dedicado a...

O Código do Processo Penal e afins

Com uma dor de cabeça que me a atravessa de um lado ao outro, aqui estou de novo!
As aulas seguem a marcha do processo. E já vão bem aceleradas!

Isto de se ser estudante de Direito tem muito que se lhe diga. Ainda hoje, ao regressar a casa das aulas, notei que as pessoas no Metro olhavam para mim com o ar estranho e curioso... Depois de matutar é que reparei no que para as pessoas olhavam: trazia comigo o tão famigerado Código de Processo Penal. É que olharam para a minha pessoa com um ar um tanto ou quanto assustado/receoso. Senti-me intimidadora! :-) Afinal, a Lei ainda inspira respeito! Eu sou apenas uma mera estudante de Direito... mas já volto a esse assunto.

segunda-feira, outubro 13, 2003

Porquê tenho de acordar tao cedo às 2a feiras... e com olheiras?

Porquê há sempre mais trânsito quando tenho pressa?

Porquê a fila do lado no trânsito anda sempre mais depressa?

Porquê a cancela do portão da fac nunca funciona quando é a minha vez?

Porquê nunca consigo o lugar que quero no auditório?

Porquê as minhas aulas favoritas parecem passar num instante... e as que não gosto parecem demorar horas de insuportável sofrimento?

Porquê tenho sempre dar de caras com as pessoas de quem não gosto?

Porquê nunca recebo mensagens no telemóvel de quem mais quero?

Porquê as horas de almoço não duram mais tempo?

Porquê ainda não tenho um Porsche?

Porquê ando sempre a correr de um lado para o outro se não tenho pressa?

Porquê as mulheres gostam sempre de homens com cara de sacanas?

Porquê as mulheres nunca aprendem a lição?

Porquê só gosto de olhos verdes? (Narcisista...)

Porquê às vezes só me apetece chorar quando me devia rir... e vice-versa?

Porquê só gostamos de quem não gosta de nós... e nunca gostamos de quem nos quer?

Mas porquê estou a escrever isto?

domingo, outubro 12, 2003

Ah... Hoje ve-se a Lua Cheia de novo...! Alguem ja mo recordou :-)

Ao passear-se sozinho tem-se a oportunidade de observar muitas coisas. Pequenos nadas, pequenos tudos; fazem-me pensar nesta vil condicao humana e na estranha razao de nos enganarmos uns aos outros e fazermo-nos passar por aquilo que nao somos e se calhar nem nunca poderiamos vir a ser... Tanta coisa que me foi dada a observar. Sempre se aprende qualquer coisa e sempre esqueco o porquê de logo hoje estar sozinha, quando nao me apetecia mesmo nada...

Restou-me a musica como companhia e o sol morno da tarde.
Ate nem me posso queixar. Ainda posso ter estes pequenos deleites do quotidiano, tendo a melhor companhia do mundo: eu propria.


sábado, outubro 11, 2003

Entre Dos Tierras

"...Dejame, que yo no tengo la culpa de verte caer
si yo no tengo la culpa de verte caer.

Pierdes la fe,
cualquier esperanza es vana
no se que creer;
pero olvidame
que nadie te ha amado
y ya estas otra vez

dejame, que yo no tengo la culpa de verte caer
si yo no tengo la culpa de verte...

Entre dos tierras estas
y no dejas aire que respirar
Entre dos tierras estas
y no dejas aire que respirar..."



Como ja tinha referido, as musicas da nossa vida surgem-nos no dia-a-dia de forma inesperada.
E no meio de uma tarde cinzenta e chuvosa, do nada (ou quase...) surgiu a musica a tocar no radio... ao olhar para fora da janela do carro, sorri. E uma das minhas musicas preferidas e ao ver a chuva a cair no chao, relembrei muitos momentos inesqueciveis que passei ao som desta musica.
Tudo passa, mas ha coisas que ficam.


Ah! A Lua Cheia...

Esta e uma das minhas noites... Tenho a Lua Cheia a iluminar-me o espirito.

Nao sei dizer onde comecou o meu fascinio e adoracao pelas Noites de Lua Cheia. Sei apenas que ja na tenra idade, ficava longas horas a contempla-la, e a observar como a sua luz inundava a escuridao e revelava o que era ate as noites anteriores obscuro. Sempre foram Noites em que mal dormia porque sentia dentro de mim uma força e um encantamento que levavam o meu espirito a divagar em calma meditacao... Era sempre quando mais escrevia... Quase todos os meus textos e ideias nasciam em catadupa sob quieta melancolia da Lua Cheia...

Como agora, sentia dentro de mim uma energia um encantamento que me tornava maior que o Mundo. Tudo podia e tudo conseguia debaixo deste Feitico da Lua Cheia... Se lobisomens existirem (e porque nao?) este e o apelo que devem sentir... A mim tambem me apetece muito uivar, sinto-me melhor e maior que eu propria pois a a sua Magia envolve-me...

Vou agora continuar a admira-la... Inspira-me para a transcendencia.
Ate a proxima Lua Cheia, vou vivendo com o teu Feitico em mim. So com a tua Luz e com as velas, peco que me inspires e protejas... Como lobinha bem comportada, vou continuar a uivar...

Paixao & Desejo
Under the Moon Spell...





sexta-feira, outubro 10, 2003

Under the Moon Spell

Brilha o sol outra vez pelas minhas bandas :-)
E esta noite e NOITE DE LUA CHEIA!

Como lobinha bem comportada, bem me vou fartar de uivar à Lua!
Hei-de acordar amanha com a garganta arranhada... but I welcome thee Mother Moon!

Citando os meus favoritos MOONSPELL...

It is our way, this so mysterious way of Loving
Of welcoming thee, welcoming thee
Our way to remember
Forever lost nights of Passion and Doom


Auuuuuu!

quarta-feira, outubro 08, 2003

Ha dias assim...

Esta um sol lindo la fora e ca por mim adentro esta mais escuro que em Noite de Lua Nova... Simplesmente acordei sem aquela chama interior que me da vontade de sorrir e encarar o mundo de frente e de olhos bem abertos. Nao, hoje simplesmente nao consigo enfrentar o touro pelos cornos. Nao tenho forcas e vou ficar pelo meu canto. Ha dias assim...

Foste-te de mansinho... Viraste-me as costas e deixaste-me so a tua mao para que a pudesse agarrar e seguir-te. Mas estava marcada. Marcada de forma que nunca poderias ser meu. Deixei-te ir... Nao te viraste, nao te despediste e simplesmente seguiste o teu caminho, fizeste o que tinhas a fazer, como qualquer Homem que tem a sua missao a cumprir. Estava finalmente claro para mim que tinhas feito a tua escolha e eu nunca seria parte dela. Doeu, doeu bem fundo, no mais interior do meu ser latejava a dor por teres sorrido tanta vez para mim e no final, deixas-me sozinha num deserto escuro e frio.
Foste-te... Ate retirares a tua mao estendida para mim, tinha esperanca que ficasses comigo e fizesses de um deserto arido a mais bela planicie verde. Mas nao... eu nao era suficiente... Resta-me a dor e a raiva de me ter deixado afogar nos teus olhos escuros verde-azul...


Dedicado a...

UpDates

Resolvi juntar aqui alguns dos blogs que visito diariamente...
Em breve se seguirão mais...

terça-feira, outubro 07, 2003

Cavalo à Solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

José Carlos Ary dos Santos

Escolhi este poema para embelezar o meu cantinho porque esta foi a musica que me fez companhia o dia todo...

E as lagrimas se transformaram em sorrisos.
Fez sol.
E em breve voltara a ser lua cheia.
Houve risos nas aulas e passeios ao sol morno da tarde...
Voltaste e eu sorri-te... Que é tão bom ter-te aqui.



segunda-feira, outubro 06, 2003

No meio de tanta tristeza, marcou-me esta frase....
isto e como no reino animal que as femeas e k escolhem os parceiros....eu deixei de ser akele com as penas mais bonitas e o mais forte aos teus olhos...
se a chama ja nao arde nao vale a pena dar-lhe mais pano...é melhor ver se ha oxigenio para continuar....


E juro que ja chorava neste momento.

Sex & Candy


Not Candy And Not Even Sex... Pela conversa de ontem a noite, pela primeira vez, este blog deu-me problemas a nivel pessoal. Ao que parece o namorado nao gostou do ultimo post (sim, ele deve ser a unica pessoa que realmente le o que escrevo aqui, mas como la diz a outra, isso agora nao interessa nada...). Sentiu-se excluido da minha descricao outonal da tarde. Pois e, quem pensa diferente e sempre olhado de lado, ate mesmo por aqueles que nos deviam aceitar acima de qualquer suspeita: aqueles nos amam.

A ti, so te digo, se eventualmente vieres a ler isto:
as vezes o melhor fica por dizer, e sagrado, nao se transmite, muito menos via comunicacao de massas. E com isto tenho dito. Es muito inteligente, mas racional demais, tenta ser emocional e vais como o teu mundo se transforma.

Lots of Candy... Pois e, com as ferias tinha-me esquecido que as aulas nao sao so horas interminaveis a ouvir falar de alguma coisa que so iremos perceber na vespera do exame oral, sentados em cadeiras de pau que "aquadradam" qualquer curvatura sensual posterior do corpo de uma pessoa e arrasam a coluna vertebral ate mesmo a um invertebrado! Definitivamente nao. Por incrivel que pareca, no meio de sociedades comerciais, tribunais, acusacoes, defesas e historias de criancinhas que trabalham 14/15h por dia (qual obra do tio Dickens...), ha tempo e espaco para rir. Sim, rir!!! No meio de tanta secante sapiencia e "deciplina", ha, meus senhores, riso!!! Muitas vezes daquele incontrolavel. Como foi o meu caso hoje numa aula. Nao vou transpor aqui a piada da minha colega porque nao se iria perceber e alem disso, ha coisas, que so valem no momento e contexto da coisa. So digo que metia corporates e a (la vai PUB) Corporacion Dermoestetica... Enfim! :-) Agora imaginem: 3a fila de um auditorio relativamente apinhado (ainda estamos no 1o mes de aulas, depois ate se contam pelos dedos as presencas assiduas... e com toda a certeza sobrarao dedos!), o Prof mesmo a minha frente e eu a rir a bom rir! Pois sou sempre apanhada nestes lindos momentos KODAK... e ja nao devo fazer Direito Comercial este ano, e ca uma impressao... Mas sao estas ocasioes que valem a pena no meio de tao douta "deciplina" (nao resisto... e o sotaque de um Prof...) e me fazem ir em frente na vida universitaria. Ainda ha amizade e camaradagem nas cadeiras desconfortaveis das Universidades e bem valem muito nos bons e nos maus momentos.

Sex, Sex, Sex and lots of Sex... Pela primeira vez vou aqui referir-me aos irmaozinhos blogs aqui do burgo, comecando pelo incontornavel PIPI, que vai ser editado em livro. Parabens ao Prof. PiPi! Ja merecia uma enciclopedia por tao bem linguajar e, ao que parece, mais outras coisas...! Kinky...

domingo, outubro 05, 2003

Agora que os dias cinzentos se foram embora, voltamos a ter estes belos fins de tarde de Outono que eu faço questao de tanto apregoar. Apesar da brisa fresca (nalgumas ruas e esquinas, bastante fresca mesmo!), a temperatura estava agradavel. Um cafe e um travesseiro (la se vai a linha...) completam o cenário perfeito....

Mas mesmo assim senti-me triste, vazia...
Falta sempre qualquer coisa. E nao e so de ser domingo e amanha retornar as aulas.
Anseio uma mudança e, ao mesmo tempo, receio-a.
I need to know, I just need to know...

Na sexta a noite fui jogar bowling com uns amigos. Há muito tempo que nao jogava e foi bom constatar que ainda me ajeito com aquilo minimamente, até fiz um strike :-) E um jogo interessante para reunir um grupo de amigos e estar ali na desportiva e apreciar a companhia uns dos outros.

Enfim... Onde andas tu? Porque me trocaste por passatempo tão reles?
Enfim...

Sono Fugido

Sono... Sono... Onde andas tu?

Porque ainda agora me abandonaste?

Estava pronta para repousar em teus braços,

Sono, onde foste?

Que faço eu agora sem ti
!?


A proxima NOITE DE LUA CHEIA esta quase ai...
Nem sabem o que vos espera...

sexta-feira, outubro 03, 2003

Un bel di vedremo...

Ainda dizem que nao ha esperança... E sexta-feira, o tempo melhorou ligeiramente, um ministro (pai da ....) despede-se com base em favorecimento e ainda tem a distinta lata de me dizerem que nao ha esperança?!

Meus senhores, tenham paciencia!!!
Ha esperança sim senhor!

Novos ventos virao.

quinta-feira, outubro 02, 2003

The Raven, by Edgar Allan Poe

Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
"'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door-
Only this, and nothing more."

Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow;- vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow- sorrow for the lost Lenore-
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore-
Nameless here for evermore.

And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me- filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating,
"'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door-
Some late visitor entreating entrance at my chamber door;-
This it is, and nothing more."

Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
"Sir," said I, "or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you"- here I opened wide the door;-
Darkness there, and nothing more.

Deep into that darkness peering, long I stood there wondering,
fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortals ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, "Lenore!"
This I whispered, and an echo murmured back the word, "Lenore!"-
Merely this, and nothing more.

Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
"Surely," said I, "surely that is something at my window lattice:
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore-
Let my heart be still a moment and this mystery explore;-
'Tis the wind and nothing more."

Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and
flutter,
In there stepped a stately raven of the saintly days of yore;
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed
he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door-
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door-
Perched, and sat, and nothing more.

Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore.
"Though thy crest be shorn and shaven, thou," I said, "art sure no
craven,
Ghastly grim and ancient raven wandering from the Nightly shore-
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore!"
Quoth the Raven, "Nevermore."

Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning- little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blest with seeing bird above his chamber door-
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,
With such name as "Nevermore."

But the raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing further then he uttered- not a feather then he fluttered-
Till I scarcely more than muttered, "other friends have flown
before-
On the morrow he will leave me, as my hopes have flown before."
Then the bird said, "Nevermore."

Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
"Doubtless," said I, "what it utters is its only stock and store,
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore-
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
Of 'Never- nevermore'."

But the Raven still beguiling all my fancy into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird, and bust and
door;
Then upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore-
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt and ominous bird of yore
Meant in croaking "Nevermore."

This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom's core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamplight gloated o'er,
But whose velvet violet lining with the lamplight gloating o'er,
She shall press, ah, nevermore!

Then methought the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by Seraphim whose footfalls tinkled on the tufted floor.
"Wretch," I cried, "thy God hath lent thee- by these angels he
hath sent thee
Respite- respite and nepenthe, from thy memories of Lenore!
Quaff, oh quaff this kind nepenthe and forget this lost Lenore!"
Quoth the Raven, "Nevermore."

"Prophet!" said I, "thing of evil!- prophet still, if bird or
devil!-
Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted-
On this home by horror haunted- tell me truly, I implore-
Is there- is there balm in Gilead?- tell me- tell me, I implore!"
Quoth the Raven, "Nevermore."

"Prophet!" said I, "thing of evil- prophet still, if bird or
devil!
By that Heaven that bends above us- by that God we both adore-
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore-
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore."
Quoth the Raven, "Nevermore."

"Be that word our sign in parting, bird or fiend," I shrieked,
upstarting-
"Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken!- quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my
door!"
Quoth the Raven, "Nevermore."

And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the
floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted- nevermore!



Nao resisti... Tinha-me lembrado tanto dele. E numa noite tempestuosa e negra como esta, que melhor para nos assombrar a noite que um corvo vindo da noite escura?

  • Aqui fica
  • a traduçao de Fernando Pessoa...


    O Tugalismo

    Primeiro estranha-se, depois entranha-se, la dizia o poeta. E ha muita coisa que continuo a estranhar e nao conseguir "entranhar". Uma dessas coisas (as outras ficarao para uma proxima oportunidade...) é o tipico porreirismo tuga. Tudo esta sempre bem, menos no que toca a assuntos da esfera da Doutora Manuela Ferreira Leite... Quando ha um acidente, corpos estropiados, carros desfeitos, mas ao menos nao morreu ninguem... Cai um viaduto, mas ao menos nao morreu ninguem. Aquando da queda da ponte de Entre-os-Rios, morreram pessoas mas la vem alguem dizer que poderiam ter morrido muitos mais, olha la se fosse hora de ponta! Ha tambem sempre o caso de quem corre afogueado com um copo de agua para o pobre afogado na praia...

    Para nos, esta sempre tudo bem, futebol ao domingo, cervejolas e fatos de treino no shopping da bela localidade. E moelas...

    As vezes tenho orgulho no nosso cantinho iberico, orgulho esse, confesso, baseado nao na historia recente mas sim no passado longiquo. Outras detesto ser tuga, mas detesto mesmo, estranho e nao consigo mesmo "entranhar"... O nao respeitar os lugares nas filas, a inexistencia de civismo nas estradas, o cocozinho do Bobby no meio do passeio (qual verdadeira mina anti-pessoal...) etc etc... Ficaria aqui a tarde toda.

    Gostaria de saber o que nos faz tao tipicos e tao castiços. Sera do mar? Ou da fronteira enorme e castradora com nuestros hermanos? Castradora sim, porque ja a minha avo dizia que de la nem bom vento nem bom casamento (so se fosse com o Felipe.. ;)

    Enfim, unicos somos sem duvida. Tugas no bom sentido da palavra. Na nossa ingenuidade e boa fe somos imbativeis... em que outro pais, e ainda em muitas zonas, se sai e se deixa a chave na porta ?


    quarta-feira, outubro 01, 2003

    Pensamentos soltos

    Olho o ceu da noite e penso no que somos e no que poderemos ainda vir a ser.
    Procuro sempre e incessantemente esses teus olhos... Quando os encontro, e a alegria profunda. Encontrei a minha casa, o meu nicho escondido deste mundo louco.

    Sei que me esperas com ansiedade e assim que me ves transpor a porta respiras fundo. Voltei, estou perto de ti, encontrei-te, ao fim de tantos dias de espera. Noto que me olhas as escondidas, entre uma gargalhada e uma piada, e sorrio. E bom ter-te perto, sentir que ris das minhas conversas e la no meio me olhas serio e dizes: "Sabes que te quero!" Nao abres a boca mas dize-lo. E dentro de mim faz-se dia.

    Chega sempre o momento da despedida... olhas-me com tristeza e ansiedade de um novo encontro. Nao queremos partir. Mas partimos. E mesmo depois da despedida, olhas-me ao longe. Eu sempre retribuo. E uma promessa de reencontro.

    Ate novo encontro, vou-me lembrando sempre de ti... e facil. Uma piada, uma musica... Revejo mentalmente as nossas conversas e relembro cada gesto teu. Conforta-me enquanto espero para te ver outra vez.

    Na verdade, nao sei se te lembras de mim na azafama do dia-a-dia. Calculo que em pequenos momentos eu te venha a memoria... e poes aquele ar enigmatico. Ninguem sabe que aqui estamos, juntos ou nao o tempo o dira. Resta-nos as nossas conversas banais e os olhares longe do mundo.



    Dedicado a...

    Turning and returning to some secret place inside


    "Take my breath away..."

    O tempo está tão cinzento... Toda a gente parece cinzenta.
    Começam agora as depressões outonais. A mim não é propriamente o Outono que me deprime mas sim este cinzento todo. Sinto falta dos fins de tarde dourados e as folhas secas por todo o lado... De passar num parque e elas irem caindo enquanto uma réstia de sol me aquece as costas e me ilumina o caminho.

    Mas só vejo cinzento à minha volta...

    Estes dias sem cor fazem-me lembrar
  • poemas tristes
  • ...

    "...Watching in slow motion as you turn around and say... Take my breath way!"