domingo, maio 30, 2004

Ainda sobre o Amor...

"O amor não se define; sente-se" Séneca

"O amor é um sentimento tão delicioso porque o interesse de quem ama confunde-se com o do amado" Stendhal

"Podemos odiar aqueles que amamos. Os outros são-nos indiferentes" Henry Thoreau

"O amor não é um sentimento, é uma arte" Paul Morand

"Quando o amor quer falar, a razão deve calar" Jean-François Regnard



Porque será que a maioria dos meus posts são sobre o Amor?

Podia escrever sobre tanta coisa, desde o meu quotidiano, às experiências que mais me marcam... Mas não, está sempre o Amor ao virar da esquina, apanhando-me sempre!

Anda sempre comigo e inspira-me a escrever, a ler, a pensar e reflectir e a Amar, claro!
Mas escrevo tanto sobre ele, será por o sentir tanto em mim? Na relação com ele, nas minhas Amizades, em Família...

Também.
Mas escrevo sobretudo por ser o maior mistério que assola a Humanidade.
Que sentimento é este que pelo qual se perdem vidas, caem Nações, nascem tantas pessoas e inspira tantos poetas?

Tantos o quiseram definir... Amor, não se define, sente-se... E geralmente intensamente e irremediavelmente se perde nele. Embriaga os sentidos e amolece a Razão.

Surge quando menos o queremos e muitas vezes bate a porta quando menos esperamos.

Amor, Amor, esse lugar tão estranho...

sexta-feira, maio 14, 2004

Procuro-te e não te encontro,
Olho as outras pessoas
Com esperança de te achar,
De ver alguma semelhança
Na gente que passa...
Corro incerta, à tua procura
De sentir no ar o teu perfume,
Nos olhos dos outros
Espero ver a tua loucura,
Do céu não vem a resposta
E as estrelas já não reflectem
A luz do teu olhar;
Não há um rasto de ti,
Os meus olhos perdem
O brilho, pois não te encontro
Na gente que passa,
Não vejo o teu sorriso,
Não vejo o teu olhar insano,
Desconheço o teu cheiro
E não reconheço o teu sabor;
Não sinto nos outros corações
O teu amor
Nem nos olhos
O teu rancor;
Perdeste-te e não consigo encontrar-te,
No meio da multidão, és um desconhecido
Já não te reconheço, perdeste o teu estilo
Não encontro em ti aquilo que foste
E não sei aquilo que agora és;
Procuro-te e não te acho
Pois agora és diferente,
Nem tu sabes quem és;
Procurei-te e não te encontrei.


Setembro de 1997

quinta-feira, maio 13, 2004

Testes...



Not bad...

terça-feira, maio 11, 2004

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa, 1931.


Nunca fez tanto sentido como agora...
As mudanças estão aí e agora sei que nunca precisei de as recear.

domingo, maio 09, 2004

The smile reflected in the stream...

Há rostos que nem numa vida inteira iremos esquecer.
E ver o teu rosto, contra o mar revolto, é uma dessas imagens. Sei que tudo é impossível, que há diferentes caminhos a percorrer, e a Vida me leva a um lado e a pessoas diferentes de ti.

Mas...

O mar estava agitado, atrás de ti, e tu estavas tão sereno, tão calmo, que essa paz marcou-me o coração.
Ela estava à tua espera. E tu tinhas a certeza contigo disso.

Mas...

Ainda tenho a ousadia de esperar um momento só nosso, embora saiba que é um sentimento que não irá durar.
No meio da minha vida, penso nisso e acalento essa esperança. Não ficarás impune a esse momento.

E lá atrás do teu olhar perdido, o mar revolto...


Chove lá fora e chove cá dentro...

Um pedaço do paraíso...

quinta-feira, maio 06, 2004

E no meio dos pensamentos que me envolvem nesta noite, apareces tu.

Ai se eu soubesse...

Uma imagem, próxima, calorosa, um sorriso teu que carrega em si o Universo. As mãos ao largo do corpo, desajeitadas, como se não soubesses o que agarrar... Como se a tua vida por entre elas se escapasse desleixadamente.

Já me ficou no meu peito, esse jeito de te querer tanto....
Dentro de mim este castigo


Tento esquecer a tua imagem que me persegue...
Não posso, não devo, não quero pensar em ti, senão.... fico mais uma vez cativa desses teus olhos verdes.
Ah, esses olhos...

Estendo o meu xaile no chão e deixo-me adormecer... Mas este desespero que tenho de não te ver...

Olho as estrelas mas nem elas se comparam ao teu olhar...
Olho para outras pessoas mas ninguém possui o teu toque.

E com mais penas me levanto, este castigo dentro de mim... Eu não te quero, eu digo que não te quero... mas de noite sonho sempre contigo

E bem tento não me recordar de ti mas atormentas as minhas noites,
invades os meus dias, mas nunca, nunca mesmo, te lembras de mim.

Ai se eu soubesse

Hei-de carregar esta tempestade sempre comigo,
nunca hás-de ser um dia de sol na minha vida
pois por seres esta tormenta
É que te carrego no meu peito.

As Brumas do Futuro

Ontem...

5 de Maio de 2004....

Dei um passo gigante na direcção do meu futuro.

Conclusão simples: nada é por acaso.

Realmente a Margarida Rebelo Pinto (não, não gosto da escrita dela...) tem muita razão, não há coincidências.