segunda-feira, julho 25, 2005

Muita Moral

É entrar de rompante na oficina, parar o automóvel num sítio mais do que suspeito e explicar, aos mecânicos incrédulos, do que padecia a minha viatura, tim-por-tim. Não é para todas. Meus caros é preciso confiança! Muita confiança! Ou como diz um velho amigo meu, a girl with attitude... and balls...

domingo, julho 24, 2005

Das Histórias de Amor

Não gosto de histórias de amor.
Ou melhor, não gosto das histórias de amor convencionais, de estrutura absolutamente linear e previsível, em que as personagens são felizes para sempre e que essa felicidade e amor surge sem dificuldades ou obstáculos. Onde é tudo muito cor-de-rosa. Fácil demais. Há algo em mim que se revolve com essas narrativas, enjoam-me. Por isso não achei piadinha nenhuma ao Amor de Perdição, aliás, se não tivesse que o ler para a escola nem sequer o tinha acabado.
Mas gosto das histórias de amor. Das verdadeiras histórias de amor, em que as personagens se debatem, se rebelam contra destinos cruéis, quando se enganam e se perdem, quando há abismos e tentações, quando muitas vezes se troca algo fútil pelo amor. E gosto do amor romântico, mas no sentido da estética romântica do séc. XIX: o amor contrariado que só se cumpre na morte, a paixão, as trevas...
Gosto da Anna Karenina, da Madame Bovary, das Noites Brancas, do Orgulho & Preconceito, do Monte dos Vendavais... Histórias com fibra, densidade, onde as personagens sofrem e penam para ultrapassar tudo e todos, onde são confrontadas com as suas faltas e com elas têm de evoluir. Afinal a vida é assim. Nada nos é dado. Porque não haveriam de ser também as histórias de amor? É isto que as torna grandes.

quarta-feira, julho 20, 2005

Sussurro

Disseram-me um dia que em cada esquina da vida poderia encontrar a minha felicidade; que esse acaso seria mais um entre muitos, que a vida é feita de acasos, momentos felizes e de outros dolorosos. Disseram-me também que sempre teria sorrisos e gargalhadas que colorissem os meus dias; sonhos que me dessem alento e beijos ao fim de cada etapa. Disseram-me tudo isto. Disseram até que certos momentos seriam cor-de-rosa, embora eu os visse noutra tonalidade; certas canções me iriam embalar o caminho e a alegria acompanharia a maior parte dos meus dias.
Só não estava à tua espera. Que me escurecesses o cor-de-rosa dos meus momentos, desvirtuasses as minhas músicas, nem que abalasses o meu caminho ou influenciasses a minha alegria. Não te esperava. Nunca me disseram que farias parte do colorido que era minha vida.
Nunca me disseram nada de ti. E, no entanto, tornaste tudo muito mais vivo, percebi o que era caminhar feliz. Afinal a felicidade pode estar em qualquer esquina da nossa existência...

sexta-feira, julho 15, 2005

Foi um festejo relativamente tranquilo, ainda não caí bem em mim que finalmente o curso acabou. Ainda ando a fazer contas a ver se não me esqueci de nenhuma cadeira recôndita. Mas não, dever totalmente cumprido.

Agora o que se segue é uma nova etapa, absolutamente desconhecida; não posso negar que tenho os meus receios, porém, serão ultrapassados.
Nos meus últimos anos, a vida compôs-se de uma rotina que jamais se repetirá: nunca mais estarei diariamente com os amigos que ali fiz, nunca mais passarei por certas experiências como morrer de nervos em orais ou rir até às lágrimas à hora de almoço, as aulas ou a falta delas, o estudo na Biblioteca, as "baldas", as praxes, enfim tudo aquilo que faz parte da vida académica.

Porque um curso, no meu caso de Direito, não é só saber o que é a simulação, o contrato administrativo, a fiança, um crime comissivo por omissão, a usucapião ou o ius variandi... Foram sobretudo as pessoas que me marcaram nos últimos dois anos do curso, as outras (é a vida...) ficaram pelo caminho. A vocês os quatro, que sabem perfeitamente quem são, obrigada pela ajuda, carinho, risos; por aturarem o meu mau feitio, crises existenciais e teorias da conspiração, e por se rirem dos meus disparates. É verdade, fiquei conhecida pela minha opinião vincada nos assuntos sentimentais e afins. São coisas que vão ficar sempre comigo, mesmo quando caminhemos em estradas separadas.
Amigos, novas coisas virão.
Agora o que interessa é festejar, os copos estão à nossa espera!

quarta-feira, julho 13, 2005

É oficial

Acabei o curso!
Demais considerações virão amanhã que agora ainda estou a gritar de alegria!!!!

terça-feira, julho 05, 2005

"You know, time flies..."

O tempo, passa, voa, sem darmos por ele.
Um dia acorda-se e vimos que a nossa vida, de tão quieta e (des)arrumada que estava, soltou-se num vendaval louco. Tenta-se apanhar todos os fragmentos que voam dispersos. Pensa-se que é um mal que aí vem, que a Caixa de pandora se soltou no nosso caminho.
Mas não. A vida, de tão inesperada, também tem surpresas boas. Numa semana pode passar-se da monotonia, quiçá mesmo pasmaceira, para o êxtase total.
A mim, só me falta a cereja no topo do bolo.
A ver vamos.