quinta-feira, maio 06, 2004

E no meio dos pensamentos que me envolvem nesta noite, apareces tu.

Ai se eu soubesse...

Uma imagem, próxima, calorosa, um sorriso teu que carrega em si o Universo. As mãos ao largo do corpo, desajeitadas, como se não soubesses o que agarrar... Como se a tua vida por entre elas se escapasse desleixadamente.

Já me ficou no meu peito, esse jeito de te querer tanto....
Dentro de mim este castigo


Tento esquecer a tua imagem que me persegue...
Não posso, não devo, não quero pensar em ti, senão.... fico mais uma vez cativa desses teus olhos verdes.
Ah, esses olhos...

Estendo o meu xaile no chão e deixo-me adormecer... Mas este desespero que tenho de não te ver...

Olho as estrelas mas nem elas se comparam ao teu olhar...
Olho para outras pessoas mas ninguém possui o teu toque.

E com mais penas me levanto, este castigo dentro de mim... Eu não te quero, eu digo que não te quero... mas de noite sonho sempre contigo

E bem tento não me recordar de ti mas atormentas as minhas noites,
invades os meus dias, mas nunca, nunca mesmo, te lembras de mim.

Ai se eu soubesse

Hei-de carregar esta tempestade sempre comigo,
nunca hás-de ser um dia de sol na minha vida
pois por seres esta tormenta
É que te carrego no meu peito.