E no meio dos pensamentos que me envolvem nesta noite, apareces tu.
Ai se eu soubesse...
Uma imagem, próxima, calorosa, um sorriso teu que carrega em si o Universo. As mãos ao largo do corpo, desajeitadas, como se não soubesses o que agarrar... Como se a tua vida por entre elas se escapasse desleixadamente.
Já me ficou no meu peito, esse jeito de te querer tanto....
Dentro de mim este castigo
Tento esquecer a tua imagem que me persegue...
Não posso, não devo, não quero pensar em ti, senão.... fico mais uma vez cativa desses teus olhos verdes.
Ah, esses olhos...
Estendo o meu xaile no chão e deixo-me adormecer... Mas este desespero que tenho de não te ver...
Olho as estrelas mas nem elas se comparam ao teu olhar...
Olho para outras pessoas mas ninguém possui o teu toque.
E com mais penas me levanto, este castigo dentro de mim... Eu não te quero, eu digo que não te quero... mas de noite sonho sempre contigo
E bem tento não me recordar de ti mas atormentas as minhas noites,
invades os meus dias, mas nunca, nunca mesmo, te lembras de mim.
Ai se eu soubesse
Hei-de carregar esta tempestade sempre comigo,
nunca hás-de ser um dia de sol na minha vida
pois por seres esta tormenta
É que te carrego no meu peito.
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