quarta-feira, março 02, 2005

É um privilégio estranho que têm aqueles de quem gostamos.
Gozam em pleno do nosso afecto mas, por outro lado, gozam da faculdade de nos poderem magoar.
É verdade. Só aqueles de quem gostamos nos podem ferir.
Parece que têm um crédito sobre os nossos sentimentos, sobre a nossa paz de espírito e bem estar. E eis que senão quando esse crédito falha, e surge um incumprimento.
Um incumprimento de afecto.
É ambígua esta relação.
O objecto do nosso afecto tanto pode ser a fonte da eterna-enquanto-dure felicidade como a origem espero-que passe depressa mágoa. Um "facere" e um "non facere".
Não me alongo
Hoje, alguém que amo disse algo que me magoou.
É uma dor que alastra pelo peito.
Não quero dizer mais nada. Porém, nesta relação creditícia de afectos nunca deveriam haver incumprimentos mas nada é perfeito e se sou humana tanto posso ser feliz como sofrer.
Hoje foi dia de incumprimento. Não definitivo. Ou talvez cumprimento defeituoso.


(ando a reler demais a matéria de Direito das Obrigações...)

1 Comments:

Blogger Daniel Aladiah said...

É verdade. Mas também nós ferimos quem amamos, somos vítimas e carrascos, por ser humanos. É difícil conseguir evitar sempre as palavras, atitudes ou acções que não magoem o outro, muitas vezes inconscientemente. Quem não tem ciúmes, por exemplo? Já sei, muita gente, mas eu tenho dúvidas...
Um beijo
Daniel

7:38 da tarde  

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