Destino, ou qualquer coisa do género
Durante muito tempo, acreditei que existem coincidências, que o acaso era um elemento da vida. E assim fui vivendo, entre um «acaso» e outro, não dando muita importância aos acontecimentos que me impeliam para algo.
No entanto, um dia, espantada pela força das circunstâncias, tive que mudar de opinião.
Abri os olhos para a vida e tive que acreditar que não existem coincidências. Tive que sucumbir à força do Destino. E ele, meticulosamente, empurrava-me para situações e pessoas a que eu, ardilosamente, tentava escapar. Houve mesmo alturas em que achei que o tinha iludido, que podia virar-me p'ra vida e rir-me com desdém, pensando que lhe tinha dado a volta.
Ah, mas logo via que quem tinha levado uma volta era eu, e as pessoas e situações a quem me tinha esforçado tanto por fugir, estavam ali, mesmo, à espera de um confronto.
Com o passar do tempo, fui aprendendo a lidar com ele e sobretudo a não troçar dele, porque quando menos esperava ele pregaria-me uma partida. E assim tem acontecido.
Quando tomo uma decisão, mais tarde ou mais cedo, ele prega-me uma partida e deve-se rir à farta com a minha aflição.
Ontem à noite foi um desses casos, resolveu por-me à prova.
Pôs exactamente à minha frente a pessoa que jurei nunca mais querer voltar a ver na vida.
Azar o meu. Lá estava a pessoa, quando menos esperei, entrou por ali dentro.
Bom, mas como pessoa racional que sou, mantive-me no meu canto sem alaridos.
Msa não posso mentir, mexeu comigo... Mas ainda não é desta, Destino, que levas a melhor sobre mim... Is that all you can do?
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