Domingo pós-festa e pré-aulas
Festejei o meu aniversário e gostei de ter quase todas as pessoas de quem gosto perto de mim. É uma energia imensa que me alimenta e motiva.
E não falharam as rosas vermelhas de uma das Amigas... Há coisas que não mudam e ainda bem!
Um ano mais velha e fim de férias... Uma nova época se aproxima...
Amanhã de volta à rotina das aulas...
Que será que me espera...
Tenho-me lembrado muito de vários dos meus poemas favoritos... que como já disse, vêem-me à memória e aos lábios frequentemente.
Aqui fica um deles...
XXI
NÃO TE AMO
Não te amo, quero-te: o amar vem d'alma.
E eu n'alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai!, não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai!, não te amo, não.
Ai!, não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela, e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh!, não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror ...
Mas amar... não te amo, não.
Almeida Garrett
Para mim, é o elogio do desejo físico e de uma certa química....
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