E se do meu peito irrompesse a lua cheia?
Forte, plena e odiosa,
Mais do que pronta a afrontar a noite nublosa
E incendear o céu e a estrela perfeita?
E se detivesse o poder da lua cheia,
Dos castigos eternos e luares amaldiçoados
Lançando feitiços e maus-olhados,
Queimando o sonho e a fantasia alheia...
É este o poder da lua cheia,
Que vaza e queima de mim
Ilumina a alma sem fim,
Alumia o caminho para ti.
Segue o rasto que emana da lua cheia,
Do sangue vertido sem razão
Segue o murmúrio incerto da maldição
Sussurrada na brisa da loucura!
Não desistas, jamais, da tua procura
A lua cheia é o mal que vive no meu espírito
E mais do que uma sentença, é a tortura
Por não saber por que ainda vivo.
Estende, pálida, a tua mão
À luz dormente da lua cheia,
Alcança o outro lado da tua alma...
Sob a lua cheia de me mim nasce,
Encontras a outra parte de ti.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home