Escavando o silêncio entre dois beijos,
Perco-me sempre entre suspiros
Insatisfeitos e condenados,
São penas nas masmorras do Inferno.
Entre um beijo e outro,
Iludimos um destino imperfeito
E convidamos o eterno fogo
Em cada abraço desfeito.
Maldita é a hora
em que os beijos ardem no espírito
Sem razão ou demora,
Condenam-nos ao infinito.
O abismo onde estamos a cair
é feito de silêncios amaldiçoados
e de beijos condenados.
Haja pena mais leve para nós...
Haja infernos mais toleráveis...
Mas não existem beijos menos ardentes
Que nos salvem do abismo.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home