domingo, setembro 04, 2005

Não te quero ver perto, não te quero ver longe.
Quero manter as distâncias das coisas quase possíveis, quase alcançáveis, embora nunca absolutamente palpáveis.
Quero manter a distância do desejo, de um quase-beijo.
De um olhar, de um toque subtil e de um sorriso escondido.
Não me quero desiludir, não te querendo perder, tenho medo de te ganhar. Daquilo que só nós iríamos sentir, talvez fosse demais, ou soubesse sempre a pouco; quero o espaço da quase-conquista, de poder respirar e ter ali sempre o teu perfume, sem receio de me sufocar.
Não te quero esquecer mas dói-me o quanto me lembro de ti, o quanto não sei se esta distância entre nós é certa ou errada... Entre nós há tanto de bom como mau.
Não quero apressar caminhos incertos, por agora esta distância vai-nos mantendo equilibrados e sorridentes...
1 Setembro, Lisboa