terça-feira, agosto 31, 2004

Untitled

Eu caminho lentamente
Pelas sombras do meu ser,
Desconhecendo o que é viver
Pela vida passo indiferente.

É a escuridão que me atormenta,
Sem esperança a minha alma
Vagueia perdida
Nesta noite infinita
Que é a minha razão.

Sem fim nem princípio
Eu vagueio eternamente
Nas noites d'Inverno
Em busca de algo que não vem
(Teima em não vir)
De eterno e fatal
Como o meu destino ...

Para sempre
Assombrada
Caminho nesta escuridão
Em mim
As noites precedem-se,
uma a uma,
As trevas do meu ser
Que me arrancam a vida
E bebem do meu sangue,
Queimam meu coração
Incendeiam a minha alma
E destroçam a minha razão,
Sem fim e
Eternamente,
Eu caminho sózinha
Tendo só por companhia
O choro do meu coração.


Escrito por mim há vários anos